segunda-feira, 21 de fevereiro de 2011

Sem ovos não se fazem omeletas... E quem os come?



José Mateus Moreno


Há eventos a mais, mas também patrocínios insuficientes.

Há de facto eventos dispensáveis e que são subsidiados mesmo que apresentem falta de qualidade, outros que se sobrepõem, outros que são repetitivos e outros ainda que não faz sentido receberem apoios oficiais.

Assim, como o bolo tem que ser dividido por muitos, os eventos indispensáveis e que promovem a região acabam por ficar prejudicados. Caso para se dizer que “sem ovos não se fazem omeletas”.

Em primeira edição, é natural que as “virtudes” de um evento não são conhecidas e é necessário provar primeiro para receber depois. Mas quando um evento cresce, afirma-se e cumpre cabalmente os objectivos, deveria ser-lhe reforçado o apoio, o que raramente acontece. Assim como há eventos que não merecem ser apoiados só porque os seus organizadores são influentes, mas, ainda assim, levam o subsídio que se calhar nunca deveria ter existido.

Isto origina que os eventos mais qualificados e que se afirmam pela dedicação e esforço dos seus organizadores, não sejam recompensados com patrocínios compatíveis com o retorno que dão à região, designadamente, pela promoção externa que fazem do Algarve.

Dois exemplos de eventos que pelo seu currículo mereciam ser melhor apoiados e não o têm sido:

- a Volta ao Algarve em Bicicleta, que vai para a estrada nos próximos dias e que no ano que vem, segundo o seu Director, poderá retirar-se do plano internacional e descer para coeficiente 2.2;

- e a Feira da Caça e Pesca que nos anos transactos não tem recebido pontualmente os apoios consignados e que devido ao elevado custo das infraestruturas e do espaço, corre o risco de não se realizar em 2011.

Fica, portanto, esta nota, para reflexão de quem pode, quer e manda, decidir (ou não) a atribuição dos apoios suficientes e que salvem estes dois eventos.

José Mateus Moreno
00:16 quarta-feira, 09 fevereiro 2011

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